segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

38 semanas, uma espera sem fim!

Olá amigas, sei que fiquei fora por várias semanas, mas é que essa fase final não é muito fácil, estou tendo muitas dores e minha barriga está enorme o que dificulta minha locomoção e gera um cansaço absurdo.
Está fase é muito contraditória, pois todas as noites sonho que o JR nasceu cada vez de um jeito e em condições muito diferentes, estou quase explodindo de curiosidade para ver a carinha dele, é tanto amor que choro a toa e fico o tempo todo focada nele, mas por outro lado é tanto medo de tantas coisas que tem horas que quero sumir, tenho medo de não ser uma boa mãe, de algo dar errado, de não conseguir ter um parto tranquilo, de não saber o que fazer quando ele estiver fora da minha barriga.
Durante toda gravidez eu procurei ler muito e obter todas as informações que podia em busca de ter algo melhor para mim e principalmente para o JR e não tive dúvidas de que o parto normal é a melhor alternativa no caso de uma gestação como a minha que não apresenta problemas e que o bebê está se desenvolvendo tão bem, mas infelizmente percebi que não basta a mãe decidir o que é melhor, tem toda uma cultura envolvida onde os profissionais da saúde se quer escutam quando você diz que quer parto normal, eu digo isso ao meu obstetra em todas as consultas e toda semana ele tenta marcar a cesariana, ai eu pergunto se tem alguma coisa que inviabilize o parto normal no meu caso e a resposta é sempre não, então eu me pergunto: PARA QUÊ FAZER UM CESÁREA SE DÁ PARA SER NORMAL??? Meu Deus, tudo isso me parece tão absurdo, qualquer literatura médica diz que o parto normal é melhor, toda mulher que já teve os dois partos disse que o normal é melhor, então me digam pra que fazer o pior? Será que ninguém pensa que estamos lidando com uma vida que está vindo ao mundo? Será que a comodidade para pais e médicos é mais importante do que a saúde do ser que vai nascer? É uma inversão de valores tão grande que fico apavorada só de pensar... hoje as mães não amamentam para não cair o peito, para não acordarem a noite, para não terem trabalho e ai eu fico pensando o que é ser mãe? Cadê a doação, o amor incondicional e tudo mais que ser mãe possa significar? Que mundo estamos criando para nossos filhos ou pior que filhos vamos colocar no mundo, onde os valores individuais são mais difundidos que o coletivo, onde é cada um por si e o resto que se vire... uma mãe que marca cesárea para escolher o dia, arrumar o cabelo e ficar linda na foto do parto não pode ser levada a sério... não deve saber ler ou pior se fechar tando em seus conceitos que não é capaz de pensar por si só e buscar saber o que é melhor para o bebê que neste caso deveria ser o centro das atenções e o foco principal de tudo.
Ao contrário do que possa parecer, não sou contra cesárea, acredito que ela salve muitas vidas quando necessária, mas sou terminantemente contra o uso desenfreado deste método para trazer ao mundo seres indefesos que correm até risco de vida por não nascerem na hora que deveriam nascer. Eu tenho encontrado muitos obstáculos para fazer o parto normal e até que ele aconteça não sei se acredito que será possível, pois os médicos, o hospital e quase todos da área de saúde parecem ter esquecido que este método de nascimento existe.
Eu pedi ajuda ao meu marido e espero conseguir um parto normal, saudável e feliz para o JR, pois é só ele que importa e quero que todas as escolhas desde o seu nascimento sejam visando o seu melhor.
Sei que o texto hoje foi meio pesado, mas é um desabafo de uma mãe de primeira viagem cheia de angústias e dúvidas dias antes de seu bebê nascer... espero que o próximo post possa ser mais alegre.

Beijos e até o próximo post.

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

34 semanas e a visita a Maternidade!

Estou entrando na 34ª semana e hoje eu e meu marido fomos fazer uma visita a Maternidade onde o JR irá nascer, vimos os quartos, o berçario e recebemos informações sobre os procedimentos do hospital, foi bem interessante e prático, mas senti falta de um lado mais humano, de informações mais pessoais, tudo é tratado como uma simples cirurgia e de um jeito muito comercial, para mim que sou mãe de primeira viagem e estou a busca de tudo que possa saber ficou muito frio, muito fraco, tratam tudo como se todas as mulheres fizessem cesarea e eu pretendo ter um parto normal, fora isso tudo é pago tudo é pré-acertado sem naturalidade nenhuma, tudo muito mecânico, por um lado é bom, pois padronizando os erros diminuem, mas tira toda mágia, tudo encanto desta fase tão especial que é a espera e o nascimento de um filho.

Consegui uma vaga para o curso de gestantes e espero que nele tenha mais informações sobre esse fato tão maravilhoso que estou prestes as vivenciar, pois o JR já está quase aqui e ainda tenho tantas dúvidas, sei que elas não serão zeradas, mas mesmo assim espero que diminuam.

Na próxima semana terei mais uma consulta onde farei o ultrassom e o exame do muco para me preparar para o parto... isso tem me deixado bem afilta, pois a idéia de que em poucos dias estarei com o JR nos braços e tudo mudará me assusta, mas ao mesmo tempo me encanta. Hoje fiz a mala que levarei a maternidade e agora já estamos deixando o quarto dele pronto, ainda faltam algumas coisas, mas já está tudo sobre controle para que ele chegue da melhor forma possível.

Eu tenho sentido muita falta de ter pessoas com quem conversar sobre minhas inquietações, pois no Brasil há uma cultura muito forte de que parto bom é cesarea e como quero normal e tenho dúvidas sobre essa questão acabo ficando sozinha, pois as pessoas nem se quer cogitam essa possibilidade e fico em conflito, pois acredito estar escolhendo o melhor, mas ao mesmo tempo tem tantas opiniões controversas que as vezes chego a ter dúvidas.

Nesses dias ando emotiva com choro fácil e quase sem dormir pensando se estou fazendo o melhor para o JR, pois é só isso que me importa: quero que ele venha ao mundo da melhor forma possível e que eu possa cuidar dele e dar todo esse amor que venho guardando por esses nove meses de espera.